Vendas de caminhões e motos dispararam

Entenda o que está por trás desse crescimento que já não era visto há algum tempo.

- atualizado

Depois de um cenário de incertezas na economia trazido, entre diversos outros fatores, também pela pandemia do novo coronavírus, experimentar um crescimento nas vendas e no financiamento de veículos é um fenômeno ao mesmo tempo curioso e que traz um certo alívio e esperança no crescimento econômico.

Essa foi a realidade encontrada por quem vende motos e caminhões. Para se ter uma ideia, ainda entre janeiro e abril de 2021, as vendas de caminhões subiram 48% comparadas ao mesmo período em 2020, e 19,5% em relação ao mesmo período em 2019. As montadoras explicam que as razões para essa alta são uma combinação entre safra recorde, alta do dólar e baixas taxas de juros, que incentivaram uma renovação de frotas.

O setor continua crescendo mesmo em meio a algumas incertezas que podem comprometer o atingimento de seu pleno potencial, como por exemplo a diminuição da produção de eletrônicos e semicondutores, que levaram a uma certa escassez de disponibilidade desse tipo de material. Vale lembrar que a Renesas Electronics, uma das principais fabricantes de chips para o setor automotivo global, enfrentou um incêndio que paralisou por um mês a produção do componente, utilizado em painéis, motores e na transmissão de caminhões. Soma-se a isso a já instaurada crise global de procura pelo insumo, afetada principalmente pela paralisação das fábricas e pela retração da demanda em 2020.

Na realidade, toda a cadeira produtiva sofreu esses impactos. A indústria em geral enfrentou uma dificuldade causada pelo aumento do preço do aço: o produto teve variação de 46% só nos primeiros meses de 2021 e de 130% em 2020, segundo a consultoria S&P Global Platts. Houve ainda a escassez de borracha, causada por fatores como a retomada repentina do crescimento e uma doença que ataca as árvores que possuem a matéria-prima.

Toda essa dinâmica favoreceu – e muito – a procura por veículos seminovos. A urgência por um caminhão que, quando novo, levava alguns meses da compra até a entrega, fez com que as vendas dos usados tivessem alta de 42,5% no primeiro trimestre de 2021, segundo a OLX, plataforma de vendas de usados.

Apesar das dificuldades, as perspectivas do setor ainda se mantêm positivas: a produção de caminhões pesados continuou crescendo em 2021, mesmo com os desafios enfrentados no país em relação às consequências da covid-19. As dificuldades enfrentadas pelo setor podem, de fato, atrasar esse crescimento, mas, ao que tudo indica, enquanto as commodities estiverem enfrentando um bom momento, montadoras terão “um bom problema”: atender a uma demanda que cresceu e deve continuar crescendo. 

Já no que diz respeito às motocicletas, somente em março de 2022 foram emplacadas 110.083 unidades – o que representa uma alta de 76,75% frente ao mesmo período de 2021 (62.283). O número também superou as 75.004 registradas em fevereiro de 2022 – alta de 46,77%. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave).

Essa dinâmica trouxe um dado que não víamos há 30 anos: foram emplacados, em março deste ano, mais motos (110 mil) do que carros (108,2 mil) no nosso país.

A maior parte das vendas (90%) é de motos de cilindrada baixa. E nesse segmento a Honda lidera as vendas, seguida pela Yamaha.

A moto se tornou uma opção mais econômica para o consumidor diante da frequente alta no preço dos combustíveis. Com o preço do combustível cada vez mais caro, muitas pessoas migraram do carro para as duas rodas. Além disso, as motos se consolidaram como instrumento de trabalho, como por exemplo para quem faz serviço de entregas, setor que experimentou um aumento significativo na demanda durante a pandemia.

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Rodrigo Faro

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